PRODUÇÃO ACADÊMICA Repositório Acadêmico da Graduação (RAG) TCC Farmácia
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Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: PRÁXIS FARMACÊUTICAS EM CUIDADOS PALIATIVOS
Autor(es): Oliveira, Agata Bruno de
Medeiros, Cláudia Regina da Costa
Primeiro Orientador: Zampieri, Ana Lúcia Teixeira de Carvalho
metadata.dc.contributor.referee1: Costa, Iasmim Ribeiro da
metadata.dc.contributor.referee2: Pereira, Erika Aguiar Lara
Resumo: Este trabalho tem como objetivo explorar a atuação do profissional farmacêutico nos cuidados paliativos, destacando sua importância clínica na promoção da qualidade de vida de pacientes em situação de terminalidade. Por meio de uma revisão bibliográfica exploratória foram analisados conceitos fundamentais, evolução histórica, políticas públicas, protocolos farmacoterapêuticos e experiências exitosas da prática farmacêutica no contexto dos cuidados paliativos. Os cuidados paliativos têm como propósito aliviar o sofrimento de pessoas com doenças terminais que ameaçam a continuidade da vida, através de uma abordagem multidimensional que envolve aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais. A Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP), Portaria Gm/Ms Nº 3.681, de 7 de maio de 2024, representa um avanço significativo ao implementar os cuidados paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, por meio da alteração da Portaria GM/MS nº 2, de 28 de setembro de 2017, com o objetivo de ampliação da oferta dos cuidados paliativos. Os avanços garantem o aumento de equipes multiprofissionais que atendem os pacientes e incluem profissionais de diversas áreas a fim de promover um cuidado multidimensional. No entanto, a inclusão efetiva do farmacêutico ainda é condicionada a necessidade e disponibilidade local, o que pode limitar sua participação plena nas ações de cuidado. A atuação farmacêutica em cuidados paliativos vai além da simples dispensação de medicamentos, abrangendo o acompanhamento clínico do paciente, avaliação da farmacoterapia, prevenção de interações medicamentosas e reações adversas, além de ajustes individualizados nos esquemas terapêuticos. A gestão racional de medicamentos, especialmente de opioides, é um dos pilares da prática farmacêutica paliativa, sendo essencial para o controle eficaz da dor e de outros sintomas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Ainda assim, o uso de opioides enfrenta barreiras regulatórias e sociais, como o receio de dependência e o estigma associado a essas substâncias, exigindo do farmacêutico sensibilidade, conhecimento técnico e atuação educativa junto à equipe, ao paciente e seus familiares. O estudo também aborda a importância da formação específica do farmacêutico para atuação em cuidados paliativos, destacando a necessidade de capacitação em aspectos clínicos, éticos e humanitários. A presença do farmacêutico em equipes paliativas contribui diretamente para a segurança do paciente, a personalização do tratamento e o fortalecimento da assistência centrada na pessoa. Experiências exitosas em instituições como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e iniciativas regionais, como o projeto Goiânia Compassiva, evidenciam o impacto positivo da inserção qualificada do farmacêutico no cuidado paliativo. Conclui-se que o fortalecimento da práxis farmacêutica em cuidados paliativos requer políticas públicas inclusivas, investimentos em formação profissional e o reconhecimento do papel do farmacêutico como agente terapêutico e humano essencial no alívio do sofrimento e promoção da dignidade no processo de morrer.
Abstract: The aim of this paper is to explore the role of pharmacists in palliative care, highlighting their clinical importance in promoting quality of life for patients facing the end of life. An exploratory literature review analyzed fundamental concepts, historical evolution, public policies, pharmacotherapeutic protocols and successful experiences of pharmaceutical practice in the context of palliative care. The purpose of palliative care is to relieve the suffering of people with terminal illnesses that threaten the continuity of life, through a multidimensional approach that involves physical, emotional, social and spiritual aspects. The National Palliative Care Policy (PNCP), Ordinance GM/Ms Nº. 3,681, of May 7, 2024, represents a significant step forward in implementing palliative care within the scope of the Unified Health System (SUS), by amending Ordinance GM/MS Nº. 2, of September 28, 2017, with the aim of expanding the provision of palliative care. These advances guarantee an increase in the number of multi-professional teams that care for patients and include professionals from different areas in order to promote multidimensional care. However, the effective inclusion of pharmacists is still subject to local need and availability, which can limit their full participation in care actions. The role of pharmacists in palliative care goes beyond the simple dispensing of medicines, encompassing clinical monitoring of the patient, evaluation of pharmacotherapy, prevention of drug interactions and adverse reactions, as well as individualized adjustments to therapeutic regimens. The rational management of medicines, especially opioids, is one of the pillars of palliative pharmaceutical practice and is essential for the effective control of pain and other symptoms that affect patients' quality of life. Even so, the use of opioids faces regulatory and social barriers, such as the fear of addiction and the stigma associated with these substances, requiring the pharmacist to be sensitive, have technical knowledge and act in an educational capacity with the team, the patient and their family. The study also addresses the importance of specific training for pharmacists to work in palliative care, highlighting the need for training in clinical, ethical and humanitarian aspects. The presence of pharmacists in palliative care teams contributes directly to patient safety, the personalization of treatment and the strengthening of person-centred care. Successful experiences in institutions such as the National Cancer Institute (INCA) and regional initiatives such as the Goiânia Compassiva project show the positive impact of the qualified inclusion of pharmacists in palliative care. The conclusion is that strengthening pharmaceutical praxis in palliative care requires inclusive public policies, investment in professional training and recognition of the pharmacist's role as an essential therapeutic and human agent in relieving suffering and promoting dignity in the dying process.
Palavras-chave: cuidados paliativos.
assistência farmacêutica
medicina paliativa
opioides
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Sigla da Instituição: PUC Goiás
metadata.dc.publisher.department: Escola de Ciências Médicas e da Vida
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/9304
Data do documento: 30-Mai-2025
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