PRODUÇÃO ACADÊMICA Repositório Acadêmico da Graduação (RAG) TCC Medicina
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Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Avaliação da percepção da população adulta negra acerca do racismo institucional na área da saúde
Autor(es): Borges, Lara Gomides
Curti, Maryana Oliveira
Primeiro Orientador: Almeida, Rogério José de
metadata.dc.contributor.referee1: Bastos, Gabriela Cunha Fialho Cantarelli
metadata.dc.contributor.referee2: Mamede, Lorenna Rocha Lôbo e Silva
Resumo: Introdução: O preconceito racial no Brasil tem raízes históricas profundas, desde o período da escravidão até os dias atuais, refletindo-se nas desigualdades estruturais e no racismo institucional. Apesar de avanços legais, como a criminalização do racismo e a promulgação da Constituição de 1988, a população negra ainda enfrenta barreiras no acesso a direitos, inclusive na saúde. Objetivo: Analisar os níveis de percepção geral e individual do racismo institucional na saúde e seus fatores associados em adultos negros no Brasil. Métodos: Estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários online (Google Forms), aplicados entre setembro de 2024 e janeiro de 2025, utilizando amostragem por bola de neve. Participaram 114 indivíduos autodeclarados negros, com 18 anos ou mais, distribuídos em todo o território nacional. Resultados: A amostra foi composta por 114 participantes negros, em sua maioria mulheres (64,9%), solteiros (64,9%) e com ensino superior (73,7%). Quanto ao acesso à saúde, 49,1% utilizavam plano de saúde e 43% o sistema público. Aproximadamente 29,8% relataram já ter sofrido discriminação racial em serviços de saúde, e 48,2% presenciaram tais situações. A percepção geral do racismo foi significativamente maior entre mulheres (p=0,0290), pessoas com transtorno psiquiátrico (p=0,0250), participantes de movimentos raciais (p<0,0001), e entre aqueles que sofreram (p<0,0001) ou presenciaram discriminação (p<0,0001). Na percepção individual, os maiores escores também foram observados entre mulheres (p=0,0380), participantes de movimentos raciais (p=0,0001), pessoas que relataram discriminação (p<0,0001), presenciaram (p<0,0001) ou não apresentavam doenças crônicas (p=0,0370). Houve correlação positiva entre percepção geral e individual do racismo (Rho=0,661; p<0,0001). Conclusão: A percepção do racismo institucional na saúde foi influenciada por múltiplos fatores. Mulheres negras, pessoas com transtornos mentais, engajadas em movimentos sociais ou que vivenciaram discriminação apresentaram maior percepção. Tais resultados reforçam o caráter estrutural do racismo e evidenciam a importância de políticas públicas que promovam a equidade racial e capacitem profissionais para um atendimento mais inclusivo e humanizado.
Palavras-chave: População negra
Racismo
Saúde
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Sigla da Instituição: PUC Goiás
metadata.dc.publisher.department: Escola de Ciências Médicas e da Vida
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/9077
Data do documento: 29-Mai-2025
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